quinta-feira, 11 de junho de 2015

O Mistério da Trindade Revelado na Boa Terra


"Porque assim diz o Senhor, que criou os céus, o Deus que formou a terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou para ser um caos, mas para ser habitada: Eu sou o Senhor, e não há outro." (Isaías 45:18)
"No princípio criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, tornou-se sem forma e vazia" (Gn 1:2a). (versão de Shedd).

Conforme o profeta Isaías, Deus não criou a terra para ser um caos, mas apesar disso, ela se tornou caótica. Por quê? Algo terrível deve ter acontecido entre os primeiros dois versos da Bíblia (Gn 1:1-2) para que a terra se encontrasse neste estado deplorável. Pember, um renomado e erudito estudioso da Bíblia explana que a rebelião de Satanás se encaixa exatamente entre o versículo 1 e 2 de Gênesis 1, sendo a causa de a terra ter-se tornado sem forma e vazia. (Sobre esse assunto há um excelente livro de dois volumes intitulado "As Eras Mais Primitivas da Terra", de G. H. Pember. No primeiro volume, Pember mostra que a terra não foi criada sem forma e vazia, que esse estado foi resultado da rebelião de Lúcifer. Sua abordagem com respeito à queda de Lúcifer em Isaías e Ezequiel descortina uma grande revelação do Senhor. Sua explicação para a "origem" dos demônios é forte e ousada, fundamentada na Bíblia. No segundo volume, Pember revela que as raízes mais antigas para o atual movimento ocultista estão exatamente na queda de Lúcifer e nas religiões mais primitivas, que se formaram a partir dela.)

Uma vez saindo de seu estado original, a terra precisava ser restaurada pelo Deus Triúno: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
  • O Pai, como o Criador, passa então a restaurar todas as coisas pela Palavra, a partir do terceiro versículo de Gênesis 1. "Disse Deus..."
  • O Espírito de Deus, "pairava por sobre as águas", como marco divisor, de separação entre as águas de cima (vida) das águas de baixo (julgamento).
  • o Filho, onde estava Ele? Por um lado, sabemos que o própiro universo foi feito por intermédio dele (Hb 1:2b). Mas, para elucidar o outro lado desta questão, em alusão ao Messias, o salmista Davi apresenta-nos o clamor do Filho: "Salva-me, ó Deus, porque as águas me sobem até à alma... estou na profundeza das águas... seja eu salvo... das profundezas das águas... Responde-me depressa" (Sl 69:1, 2,14,17). De fato, o Cordeiro "já havia sido morto desde a fundação do mundo" (Ap 13:8b), mas ao terceiro dia ressuscitou, Aleluia! Pois, em Gênesis, Deus lhe respondeu depressa, dizendo, "apareça a porção seca. E assim se fez... Houve tarde e manhã, o terceiro dia" (Gn 1:9, 13). O Filho é a nossa "porção seca" que apareceu, ressurgiu no terceiro dia, vencendo a morte e seus grilhões, saindo vitorioso e glorioso da morte que não o pôde reter, das águas do julgamento!
Quanto aos demônios, estes pereceram no mar, julgados pelas águas. Inclusive, o apóstolo João viu que do mar emergirá a besta (Ap 13:1), lugar propício aos demônios. Lembremo-nos dos porcos da terra dos gadarenos quando receberam os demônios: "a manada se precipitou despenhadeiro abaixo, para dentro do mar, e nas águas pereceram" (Mt 8:28).

E quanto a nós? Ah, nós fomos agraciados por Deus, pois Ele "nos fez entrar numa boa terra" (Dt 8:7), ou seja, na porção secaem Jesus Cristo, onde temos "os melhores frutos da terra e a sua plenitude" (Dt 33:16), "Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude." (Cl 1:19). Toda a plenitude, certamente refere-se à plenitude do Deus único, ou seja, Pai, Filho e Espírito plenamente expressos. Continuando o texto de Dt 8:7, vemos que era uma "terra de ribeiros de águas, de fontes, de mananciais profundos":
  • O Espírito Santo, como os ribeiros, produzindo vida, pois "onde o rio fluir, tudo viverá" (Ez 47:9)
  • O Filho, como a nossa "fonte da salvação eterna" (Hb 5:9), "fonte de ânimo para mim" (Cl 4:11), e "fonte de água a jorrar para a vida eterna" (Jo 4:14).
  • O Pai, como o "manancial de águas vivas" (Jr 2:13).

Este é o mistério da Trindade revelado na boa terra: o Pai como o manancial que é oculto e inacessível, tornando-se acessível unicamente através de uma fonte, seu Filho Jesus, que flui até nós através do Espírito, como os ribeiros. Tanto no manancial, como na fonte e nos ribeiros, a água é a mesma. Cabe-nos apenas atender ao convite gracioso de nosso Senhor: “Venham, todos vocês que estão com sede, venham às águas" (Is 55:1).

Obrigado, Senhor!

 

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Os Sete Selos de Apocalipse

 Apocalipse 6:1-17; 8:1-2

"Observei quando o Cordeiro abriu o primeiro dos sete selos..." (Ap 6:1)

O nosso Deus, que criou todas as coisas por sua própria vontade (Ap 4:11), tem um mistério detido em sua mão direita. Este mistério encontra-se em um livro bem selado com sete selos (Ap 5:1) e diz respeito ao destino do universo. Ninguém jamais pôde abrir, nem mesmo olhar para este livro (Ap 5:3), mas, Aleluia! o Leão da tribo de Judá venceu para romper os selos do livro (Ap 5:5) e nos desvendar os mistérios.  Através dos séculos, muitos homens sábios tentaram desvendar os mistérios do universo, mas sem sucesso. Agora, Cristo, o único digno, passou a abrir os selos.

A abertura do primeiro selo revelou um cavalo branco (Ap 6:2). O seu cavaleiro tinha um arco (sem flecha) e uma coroa. Este cavaleiro refere-se ao evangelho, que desde a ascensão de Cristo, passou a ser pregado incessantemente pelos filhos de Deus (Sl 127:4). A coroa expressa a glória do Senhor. Daí, temos o contraste das trevas do mundo com a luz do evangelho da glória de Cristo (2 Co 4:4). A coroa, também, já lhe garante a vitória antecipada, por isso saiu vencendo, e para vencer! No Novo Testamento são mencionados alguns aspectos que caracterizam tipos diferentes do evangelho: o evangelho da graça, do reino, da glória e o eterno. O evangelho da graça leva a salvação aos pecadores, do qual devemos dar testemunho (At 20:24). O evangelho do reino (Mt 24:14) convida os salvos ao senhorio de Cristo, até que venha o fim. O evangelho da glória (2 Co 4:4) expressa a vitória do Senhor. E o evangelho eterno será para o temor (reverência), a glória e adoração eterna a Deus (Ap 14:6-7). Em oposição, ainda há o que Paulo chama de "outro evangelho" (2 Co 11:4) que tem seduzido muitos após ele (Gl 1:6), afastando-os do propósito central de Deus. Os quatro primeiros selos são de interesse direto da criação, por isso após a abertura de cada um destes quatro selos os seres viventes dizem: Vem! (Ap 6:1,3,5,7).

O segundo selo é o do cavalo vermelho. O seu cavaleiro recebeu uma grande espada, representando o derramamento de sangue na guerra (Ap 6:3-4).

O terceiro selo é o do cavalo preto (Ap 6:5-6). O seu cavaleiro tinha uma balança na mão, representando a escassez e a fome na terra, ao ponto de o alimento tornar-se um bem precioso que precisava ser vendido por peso (Lev 26:26, Ez 4:16).

O quarto selo é o do cavalo amarelo (ou pálido), da Morte (Ap 6:7-8). O Hades segue a morte aguardando os que lhe pertencem, i.e, os que não foram salvos. Eles ressuscitarão para comparecerem perante o juízo do grande trono branco (Ap 20:11-12) e, em seguida, serem lançados na segunda morte, o lago de fogo (Ap 20:13-15).

Na abertura do quinto selo, ficou conhecido que os santos que foram martirizados clamam por justiça e vingança (Ap 6:9-10), incluindo os do Antigo Testamento (Mt 23:34-36). Suas almas não estavam no mesmo lugar dos outros mortos do quarto selo, mas sim, debaixo do altar, ou seja, sob a proteção do Senhor, no paraíso, no seio de Abraão (Lc 23:43; Lc 16:22). Eles receberam vestes brancas compridas (Ap 6:11), indicando que estavam totalmente cobertos pela justiça de Deus. Também, deveriam esperar mais um pouco, até que se completasse o número dos outros que ainda seriam martirizados por causa do testemunho de Jesus na grande tribulação (Ap 20:4).

O sexto selo é uma advertência aos moradores da terra, onde têm início as calamidades sobrenaturais (Ap 6:12-14), caracterizando uma resposta às orações dos santos martirizados (Ap 6:10). Agora, os homens de todas as classes começam a temer verdadeiramente a vinda iminente do juízo de Deus (Ap 6:15-17).

Antes da abertura do sétimo selo, a grande tribulação, ocorre uma intervenção de Deus para resgatar os seus vencedores de tamanho sofrimento. O sétimo selo contém as sete trombetas (Ap 8:1-2) e a sétima trombeta (Ap 11:15) anuncia o derramamento das sete taças da ira de Deus (Ap 15:7; Ap 16:1).

Que o Senhor nos faça vencedores, em Cristo!

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Nosso eu sempre exigente


Em seu livro "Quando a Fé não é Suficiente", Kelly James Clark argumenta que desenvolvemos mecanismos elaborados de defesa social para não nos sentirmos anônimos e medíocres. Usamos várias estratégias para nos convencermos de que somos melhores do que aqueles à nossa volta.

Um indício revelador de como nossa vida é competitiva é a diferença quando explicamos nossos fracassos e os dos outros. Quando nos atrasamos para uma reunião, não é nossa culpa: o carro não queria pegar, o trânsito estava parado ou as crianças estavam doentes. Mas quando é o outro que se atrasa, ele é culpado: irresponsável, desorganizado, despreocupado. Como todos nós em algum momento falhamos, há amplas oportunidades para nos pintarmos sob uma luz favorável e aos outros de modo desfavorável.

Para Clark, nossa identidade é determinada por comparação; 'Pelo menos não sou tão estúpido como Fulano'; 'Sou mais expressivo que Cicrano'. Somos os fariseus criticando os publicanos. Sugamos o valor daqueles que nos parecem abaixo de nós e o injetamos em nosso eu sempre exigente.

"Todo homem deseja que os outros o valorizem como ele mesmo o faz; e sobre todas as manifestações de desprezo ou de depreciação, esforça-se ao máximo para arrancar algum valor aos que o desprezam" (Thomas Hobbes, cientista político).

Sobre este assunto, o evangelho de Lucas registra a parábola do fariseu e o publicano:  

"Para alguns que se julgavam bons, estavam satisfeitos com sua condição moral e olhavam de nariz empinado para o povo simples, Jesus contou a seguinte história: 'Dois homens foram ao templo para orar, um fariseu e um cobrador de impostos. O fariseu, cheio de pose, orava: ‘Oh, Deus! Sou grato por não ser como esse bando de ladrões, trambiqueiros, adúlteros ou como este cobrador de impostos. Sabes que jejuo duas vezes por semana e dou dízimo de toda a minha renda’. Enquanto isso, o cobrador de impostos, de cabeça baixa num canto, com as mãos no rosto, não ousava nem olhar para cima. Apenas dizia: ‘Deus, tem misericórdia! Perdoa este pecador’. Jesus comentou: 'Quem voltou para casa justificado diante de Deus foi o cobrador de impostos, não o outro. Se você andar por aí de nariz empinado, vai acabar de cara no chão, mas, se com humildade enxergar quem você é, acabará se tornando uma pessoa melhor'" (Lc 18:9-12).



terça-feira, 19 de maio de 2015

Cegueira Espiritual

"Perguntou ao cego: Que queres que te faça? Respondeu-lhe o cego: Mestre, que eu veja." (Marcos 10:51)

"Nisso aproximaram-se dele [de Jesus] Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: Mestre, queremos que nos faças o que te pedirmos.  Ele, pois, lhes perguntou: Que quereis que eu vos faça? Responderam-lhe: Concede-nos que na tua glória nos sentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda." (Marcos 10:35-37)

Uma mesma pergunta surgiu duas vezes em um mesmo caminho, no caminho de subida para Jerusalém, no caminho em que as pessoas se maravilhavam (Mc 10:32) seguindo a Cristo: "Que quereis que eu vos faça?" (Mc 10: 36 e 51). Sempre estamos querendo algo. Agora mesmo, o que estamos querendo? Qual seria a nossa resposta ao Senhor?

Naquela mesma ocasião, podemos observar duas ocorrências muito interessantes: o pedido de Tiago e João, no caminho; e o pedido do cego de Jericó, à beira do caminho.

Primeiro, os seus discípulos, Tiago e João, que tinham fácil acesso a Jesus simplesmente se aproximaram dele e logo manifestaram-lhe os desejos do coração: "Mestre, queremos que nos faças o que te pedimos" (Mc 10:35). Muitas vezes é assim conosco: queremos que Deus nos faça o que pedimos, não o que Lhe apraz. Alguém já disse que teríamos mais aflições do que prazeres se metade do que pedimos fosse atendido. Isso indica que pedimos mal, não sabemos pedir: "Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites." (Tg 4:3). Outros até complementariam dizendo que as aflições seriam decorrentes do fato de só a metade ter sido atendida, mas entendamos isso como sendo a eternidade insaciável que há no coração do homem, que só pode ser preenchida por Deus. Voltando ao pedido de Tiago e João, fica claro aqui que eles estavam cegos, mesmo sendo discípulos, no caminho, pois o que almejavam era posição de destaque, orgulho espiritual: "Concede-nos que na tua glória nos sentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda." (Mc 10:37).

Em um segundo momento, o mendigo cego de Jericó (Bartimeu), que apesar de não ter acesso fácil a Jesus (por estar à beira do caminho, diante de uma multidão e por ser cego), ao saber que por ali Jesus passava, não hesitou em clamar por misericórdia: "Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!" (Mc 10:47). Mas, os (cegos), não poucos, que estavam no caminho, repreendiam o cego que estava à beira do caminho: "E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele clamava ainda mais" (Mc 10:48). Com tal atitude,  Bartimeu mostrou que só era cego fisicamente, não espiritualmente; enquanto muitos dos que estavam no caminho tinham cegueira espiritual. Diante de tal situação, Jesus parou e ordenou que o chamassem á Sua presença. Sim, um mendigo, cego, à beira do caminho obteve total atenção de Jesus, que parou exclusivamente por sua causa e desejou estar com ele. "Nisto, lançando de si a sua capa, de um salto se levantou e foi ter com Jesus" (Mc 10:50). Jesus lhe repete a mesma pergunta que havia feito poucos instantes antes a Tiago e João: "Que queres que te faça?" e obteve uma resposta singela: "Mestre, que eu veja". (Mc 10:51). Jesus recuperou-lhe a visão e deu-lhe total liberdade para ir embora: "Disse-lhe Jesus: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente recuperou a vista" (Mc 10:52a). Mas, Bartimeu não tinha cegueira espiritual... "e foi seguindo pelo caminho" (Mc 10:52b).

Oremos:
Senhor Jesus, livra-nos da cegueira espiritual e permita-nos seguir-Te pelo caminho. Longe de nós esteja repreender aos que clamam por Ti. Pelo contrário, tenhamos disposição em anunciar as boas-novas da salvação que só há em Ti, pois não há outro nome pelo qual importa que sejamos salvos. Amém!

A Fé de Isaac Newton

Isaac Newton é considerado o maior gênio científico que o mundo já conheceu, tendo dominado o panorama científico por pelo menos três séculos da história e com influências até os dias atuais. O que poucos sabem é que ele, no entanto, gastou muito menos tempo na ciência do que na teologia, em seus estudos e tratados bíblicos. Que papel isso teria em sua vida, em seu trabalho e na sociedade?

 Newton, de maneira alguma, encontrou a sua plenitude de vida no mundo da ciência. Realizou um estudo sistemático da Bíblia, escrevendo mais de 1,3 milhões de palavras relacionadas a temas bíblicos. Estes estudos só foram descobertos em 1936, desconhecidos do público por dois séculos.

Ele leu a Bíblia de uma só vez por semanas a fio, interessando-se particularmente por milagres e profecias (principalmente Daniel e Apocalipse), calculando datas dos livros do Antigo Testamento e analisando os textos para descobrir a autoria de cada um deles. Em um de seus manuscritos, ele chegou a comparar o cientista com o profeta: simplicidade e unidade, demonstrando que o propósito das profecias eram providências históricas da parte de Deus, interpretáveis quando da ocorrência dos eventos.

Como membro da Igreja Anglicana, Newton servia regularmente e participava de projetos sociais, como por exemplo, na arrecadação de recursos para distribuição gratuita de Bíblias entre os pobres. Também, participou da comissão de expansão da igreja em Londres por meio da construção de 50 templos em diferentes regiões da cidade.

(Fonte: Christian History - http://www.christianitytoday.com/ch/1991/issue30/3038.html) 



segunda-feira, 18 de maio de 2015

Reputação

"Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a prata e o ouro." (Pv 22:1)


De um lado, o bom nome a reputação e a estima. De outro, as muitas riquezas, a prata e o ouro. A relação aqui estabelecida é de valores e todos nós somos guiados por valores, quer sejam morais, existenciais ou quaisquer outros. Os nomes representam a vida das pessoas, o que são, o que pretendem ser, o que fazem, o que pretendem fazer.

Comecemos pelo nosso nome, pela nossa vida. Certamente somos capazes de falar sem parar a nosso respeito. Na verdade o fazemos todos os dias.

E quanto aos nossos pais? Sim, podemos dedicar horas e horas para falar a respeito deles. Seus momentos de alegria, tristeza, dificuldades, vitórias e derrotas e tantas outras coisas mais.

Os nossos avós?! Provavelmente, podemos resumir a história deles com alguns detalhes marcantes e que contribuíram de uma forma ou de outra na formação de nossa personalidade, aparência etc.

Pensemos um pouco sobre os nossos bisavós. Saberíamos pelo menos dizer o nome de algum deles? Afinal eles tiveram uma vida inteira de relacionamentos, conquistas e, como nós, procuraram deixar algum legado para as futuras gerações e nos alcançar, também.

Seria cruel perguntar sobre os nossos tataravós?! Paremos por aqui! Isso mostra a grande chance que há de sermos totalmente esquecidos nas próximas três ou quatro gerações. 

Sem ofensas, o fato é que dedicamos muito tempo para o que a sociedade nos impõe, para o que é vão e sem valor. E só os valores eternos permanecem. Mais vale um dia na presença do Senhor do que mil anos. Será que estamos correndo atrás do vento?! Tudo é vaidade! Isso faz parte da natureza humana. Jesus sabia muito bem disso: "E não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana." (Jo 2:25).

Edificar um bom nome, construir a reputação e ser estimado por todos. Jesus não foi por este caminho, pois tinha um propósito maior e que lhe custaria a própria vida. Ao contrário, Ele foi criticado, ultrajado, perseguido, cuspido, coroado de espinhos... crucificado! Jesus "a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai" (Fp 2:8-11).

JESUS! Que nome precioso! Nome bom, doce é, esperança do porvir! Confessemos e invoquemos este nome, pois "o Senhor é rico para com todos os que O invocam" (Rm 10:12). Agora podemos entender que o bom nome do Senhor vale mais do que muitas riquezas, pois Ele mesmo se dispensa para nós quando O invocamos de coração puro!

Em troca de toda reputação e glória terrenas, Ele se entregou por nós. Eu creio neste Nome!








Folhas de Figueira

Muitos pensam que o pecado original tem a ver com o relacionamento sexual entre Adão e Eva. Isso não procede e não tem base bíblica.

Na verdade, o pecado original se concretizou quando Eva se alimentou da árvore proibida, a árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 3:4), a árvore da independência de Deus. A árvore da vida, sequer foi acessada. O primeiro fruto que alimentou o ser humano teve origem na independência de Deus. Por isso que todos nascemos em pecado, o pecado do afastamento e distanciamento do nosso Criador. Tão logo isso aconteceu, o caminho para a árvore da vida foi bloqueado pelos querubins (Gn 3:24), para que o homem não mais tivesse acesso à vida eterna, para a qual fomos feitos.

Diante desta tragédia universal, o Senhor foi em busca do homem, que, por vergonha, cobria a sua nudez com folhas de figueira (Gn 3:7). Era a nudez que expunha a situação pecaminosa de desobediência a Deus, a justiça própria do homem de julgar pelo certo e errado, pelo bem e pelo mal, sem ouvir a Deus.

A Bíblia revela que "todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam" (Is 64:6). Como as folhas de figueira não podem cobrir a nudez por muito tempo, pois são perecíveis, a justiça própria de Adão e Eva teria que ser trocada praticamente todos os dias. Isso indica que sempre que tentamos nos justificar em nós mesmos, estas justificativas são perecíveis e sem qualquer eficácia. Em contrapartida, o Senhor Deus providenciou vestes de animal para cobrir o primeiro casal. O couro de animal é totalmente eficaz. Na verdade, aquelas vestes eram do "Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo" (Ap 13:8) , o próprio Senhor Jesus, que derramou o seu precioso sangue na cruz para a nossa redenção.

Agora temos acesso novamente à árvore da vida, tipificada pela videira verdadeira. Jesus disse: "Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor" (Jo 15:1).

Deixemos de lado as ineficazes folhas de figueira e permaneçamos em Cristo, nossa videira verdadeira!

Ó Senhor Jesus, quem se compara a Ti? Queremos permanecer na videira verdadeira, pois não podemos produzir frutos de nós mesmos e sem Ti nada podemos fazer. A nossa justiça não tem qualquer valor. Que possamos dar muitos frutos, pois nisto é glorificado o Pai. Amém!

Louvado seja o nome do Senhor!