Apocalipse 6:1-17; 8:1-2
"Observei quando o Cordeiro abriu o primeiro dos sete selos..." (Ap 6:1)
O nosso Deus, que
criou todas as coisas por sua própria vontade (Ap 4:11), tem um mistério detido
em sua mão direita. Este mistério encontra-se em um livro bem selado com sete
selos (Ap 5:1) e diz respeito ao destino do universo. Ninguém jamais pôde
abrir, nem mesmo olhar para este livro (Ap 5:3), mas, Aleluia! o Leão da tribo
de Judá venceu para romper os selos do livro (Ap 5:5) e nos desvendar os
mistérios. Através dos séculos,
muitos homens sábios tentaram desvendar os mistérios do universo, mas sem
sucesso. Agora, Cristo, o único digno, passou a abrir os selos.
A abertura do
primeiro selo revelou um cavalo branco (Ap 6:2). O seu cavaleiro tinha um arco
(sem flecha) e uma coroa. Este cavaleiro refere-se ao evangelho, que desde a
ascensão de Cristo, passou a ser pregado incessantemente pelos filhos de Deus
(Sl 127:4). A coroa expressa a glória do Senhor. Daí, temos o contraste das
trevas do mundo com a luz do evangelho da glória de Cristo (2 Co 4:4). A coroa,
também, já lhe garante a vitória antecipada, por isso saiu vencendo, e para
vencer! No Novo Testamento são
mencionados alguns aspectos que caracterizam tipos diferentes do evangelho: o evangelho
da graça, do reino, da glória e o eterno. O evangelho da graça leva a salvação
aos pecadores, do qual devemos dar testemunho (At 20:24). O evangelho do reino
(Mt 24:14) convida os salvos ao senhorio de Cristo, até que venha o fim. O
evangelho da glória (2 Co 4:4) expressa a vitória do Senhor. E o evangelho
eterno será para o temor (reverência), a glória e adoração eterna a Deus (Ap 14:6-7). Em
oposição, ainda há o que Paulo chama de "outro evangelho" (2 Co 11:4)
que tem seduzido muitos após ele (Gl 1:6), afastando-os do propósito central de
Deus. Os quatro primeiros
selos são de interesse direto da criação, por isso após a abertura de cada um
destes quatro selos os seres viventes dizem: Vem! (Ap 6:1,3,5,7).
O segundo selo é o do
cavalo vermelho. O seu cavaleiro recebeu uma grande espada, representando o
derramamento de sangue na guerra (Ap 6:3-4).
O terceiro selo é o do
cavalo preto (Ap 6:5-6). O seu cavaleiro tinha uma balança na mão,
representando a escassez e a fome na terra, ao ponto de o alimento tornar-se um
bem precioso que precisava ser vendido por peso (Lev 26:26, Ez 4:16).
O quarto selo é o do
cavalo amarelo (ou pálido), da Morte (Ap 6:7-8). O Hades segue a morte
aguardando os que lhe pertencem, i.e, os que não foram salvos. Eles
ressuscitarão para comparecerem perante o juízo do grande trono branco (Ap 20:11-12)
e, em seguida, serem lançados na segunda morte, o lago de fogo (Ap 20:13-15).
Na abertura do quinto
selo, ficou conhecido que os santos que foram martirizados clamam por justiça e
vingança (Ap 6:9-10), incluindo os do Antigo Testamento (Mt 23:34-36). Suas
almas não estavam no mesmo lugar dos outros mortos do quarto selo, mas sim,
debaixo do altar, ou seja, sob a proteção do Senhor, no paraíso, no seio de
Abraão (Lc 23:43; Lc 16:22). Eles receberam vestes brancas compridas (Ap 6:11),
indicando que estavam totalmente cobertos pela justiça de Deus. Também,
deveriam esperar mais um pouco, até que se completasse o número dos outros que
ainda seriam martirizados por causa do testemunho de Jesus na grande tribulação
(Ap 20:4).
O sexto selo é uma
advertência aos moradores da terra, onde têm início as calamidades
sobrenaturais (Ap 6:12-14), caracterizando uma resposta às orações dos santos
martirizados (Ap 6:10). Agora, os homens de todas as classes começam a temer
verdadeiramente a vinda iminente do juízo de Deus (Ap 6:15-17).
Antes da abertura do
sétimo selo, a grande tribulação, ocorre uma intervenção de Deus para resgatar
os seus vencedores de tamanho sofrimento. O sétimo selo contém as sete trombetas
(Ap 8:1-2) e a sétima trombeta (Ap 11:15) anuncia o derramamento das sete taças
da ira de Deus (Ap 15:7; Ap 16:1).
Que o Senhor nos faça
vencedores, em Cristo!
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