quarta-feira, 3 de junho de 2015

Os Sete Selos de Apocalipse

 Apocalipse 6:1-17; 8:1-2

"Observei quando o Cordeiro abriu o primeiro dos sete selos..." (Ap 6:1)

O nosso Deus, que criou todas as coisas por sua própria vontade (Ap 4:11), tem um mistério detido em sua mão direita. Este mistério encontra-se em um livro bem selado com sete selos (Ap 5:1) e diz respeito ao destino do universo. Ninguém jamais pôde abrir, nem mesmo olhar para este livro (Ap 5:3), mas, Aleluia! o Leão da tribo de Judá venceu para romper os selos do livro (Ap 5:5) e nos desvendar os mistérios.  Através dos séculos, muitos homens sábios tentaram desvendar os mistérios do universo, mas sem sucesso. Agora, Cristo, o único digno, passou a abrir os selos.

A abertura do primeiro selo revelou um cavalo branco (Ap 6:2). O seu cavaleiro tinha um arco (sem flecha) e uma coroa. Este cavaleiro refere-se ao evangelho, que desde a ascensão de Cristo, passou a ser pregado incessantemente pelos filhos de Deus (Sl 127:4). A coroa expressa a glória do Senhor. Daí, temos o contraste das trevas do mundo com a luz do evangelho da glória de Cristo (2 Co 4:4). A coroa, também, já lhe garante a vitória antecipada, por isso saiu vencendo, e para vencer! No Novo Testamento são mencionados alguns aspectos que caracterizam tipos diferentes do evangelho: o evangelho da graça, do reino, da glória e o eterno. O evangelho da graça leva a salvação aos pecadores, do qual devemos dar testemunho (At 20:24). O evangelho do reino (Mt 24:14) convida os salvos ao senhorio de Cristo, até que venha o fim. O evangelho da glória (2 Co 4:4) expressa a vitória do Senhor. E o evangelho eterno será para o temor (reverência), a glória e adoração eterna a Deus (Ap 14:6-7). Em oposição, ainda há o que Paulo chama de "outro evangelho" (2 Co 11:4) que tem seduzido muitos após ele (Gl 1:6), afastando-os do propósito central de Deus. Os quatro primeiros selos são de interesse direto da criação, por isso após a abertura de cada um destes quatro selos os seres viventes dizem: Vem! (Ap 6:1,3,5,7).

O segundo selo é o do cavalo vermelho. O seu cavaleiro recebeu uma grande espada, representando o derramamento de sangue na guerra (Ap 6:3-4).

O terceiro selo é o do cavalo preto (Ap 6:5-6). O seu cavaleiro tinha uma balança na mão, representando a escassez e a fome na terra, ao ponto de o alimento tornar-se um bem precioso que precisava ser vendido por peso (Lev 26:26, Ez 4:16).

O quarto selo é o do cavalo amarelo (ou pálido), da Morte (Ap 6:7-8). O Hades segue a morte aguardando os que lhe pertencem, i.e, os que não foram salvos. Eles ressuscitarão para comparecerem perante o juízo do grande trono branco (Ap 20:11-12) e, em seguida, serem lançados na segunda morte, o lago de fogo (Ap 20:13-15).

Na abertura do quinto selo, ficou conhecido que os santos que foram martirizados clamam por justiça e vingança (Ap 6:9-10), incluindo os do Antigo Testamento (Mt 23:34-36). Suas almas não estavam no mesmo lugar dos outros mortos do quarto selo, mas sim, debaixo do altar, ou seja, sob a proteção do Senhor, no paraíso, no seio de Abraão (Lc 23:43; Lc 16:22). Eles receberam vestes brancas compridas (Ap 6:11), indicando que estavam totalmente cobertos pela justiça de Deus. Também, deveriam esperar mais um pouco, até que se completasse o número dos outros que ainda seriam martirizados por causa do testemunho de Jesus na grande tribulação (Ap 20:4).

O sexto selo é uma advertência aos moradores da terra, onde têm início as calamidades sobrenaturais (Ap 6:12-14), caracterizando uma resposta às orações dos santos martirizados (Ap 6:10). Agora, os homens de todas as classes começam a temer verdadeiramente a vinda iminente do juízo de Deus (Ap 6:15-17).

Antes da abertura do sétimo selo, a grande tribulação, ocorre uma intervenção de Deus para resgatar os seus vencedores de tamanho sofrimento. O sétimo selo contém as sete trombetas (Ap 8:1-2) e a sétima trombeta (Ap 11:15) anuncia o derramamento das sete taças da ira de Deus (Ap 15:7; Ap 16:1).

Que o Senhor nos faça vencedores, em Cristo!

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