sábado, 6 de setembro de 2014

A Corrupção do Homem

"Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia " (2 Co 4:16).

Não há muitas maneiras naturais de se romper a casca de uma semente, senão lançando-a em terreno fértil e deixando o tempo passar para que a vida em seu interior tenha crescimento e expressão. A casca é apenas um invólucro que guarda o precioso conteúdo da plenitude de vida.

Esta é a metáfora que o próprio Senhor Jesus nos deixa para o quebrantamento: “Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo caindo na terra não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto.” (Jo 12:24)

Ao ser lançada em solo adequado, a semente romperá a sua casca no devido tempo, para liberar a vida do grão. O rompimento da casca e a morte do grão geram vida abundante.

Trazendo para a nossa experiência, podemos comparar a casca ao nosso homem exterior, que sempre resiste em cair no solo, pois é lá que quer reinar a nossa força natural, a nossa mente, vontade e emoção (em outras palavras, a nossa alma). Mas, é necessário que esta casca se rompa, partindo-se para que o interior da semente, nosso espírito, possa ser liberado como vida para alcançar outras vidas e se renove de dia em dia, produzindo muito fruto (os frutos do espírito). Por isso, mesmo morrendo (para o nosso ser natural), não desfalecemos! (2Co 4:16). Na experiência do próprio Senhor, o momento do Seu quebrantamento (cair na terra como um grão, para morrer por nós, pecadores) foi a hora da glorificação do Filho do Homem! (Jo 12:23).

Na sinopse do livro “A liberação do espírito” (Watchman Nee), lemos que:

“A obra que provém do espírito é realizada apenas por Deus, e somente por meio do quebrantamento do homem exterior pode o Espírito Santo operar livremente. O livre operar do Espírito é o maravilhoso resultado de uma batalha que se trava na alma. É imperativo romper os poderes da alma, para que o espírito humano expresse plenamente a vida do Senhor Jesus! A alma naturalmente deseja ser ’senhor’, e somente pode tornar-se um ’servo’ útil pela obra da cruz. Quando isso acontecer, poderemos, finalmente, dizer à nossa alma: “Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa” (Sl 62:5).

O Senhor seja com o nosso espírito!

Romualdo.

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