segunda-feira, 30 de março de 2015

13 Mistérios


A palavra mustërion é derivada de müo (fechar a boca), significando um segredo ou mistério através da ideia de silêncio total sobre determinado assunto. Há muitos mistérios relacionados à vida humana e a maioria de nós já deve ter-se perguntado sobre questões profundas de nossa existência e propósito.



Filósofos, religiosos, cientistas e outros estudiosos estão sempre em busca de ordem no universo. Enquanto filosofar significa fazer indagações sobre questões que incomodam a limitação da compreensão humana causadora de certa desordem racional; fazer ciência significa encontrar ordem nos objetos de estudo, visando sempre o bem-estar do homem e reduzir as incertezas que o cercam constantemente.

De fato, não estamos naturalmente preparados para lidar com a incerteza. Daí, um dos motivos de nossa inquietação em busca de fontes de conhecimento e discernimento do certo e do errado, muitas vezes, em detrimento da busca pela fonte dos mistérios da vida. É como se estivéssemos permanentemente diante das duas árvores do meio do jardim do Éden: a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. A primeira produz o fruto da vida; e a última, o fruto do conhecimento e da independência de Deus, com o veneno da morte.

A Bíblia contém a revelação clara de alguns mistérios da humanidade, chamando-os assim mesmo: “mustërion”. Mistérios precisam ser revelados para serem compreendidos (Ef 3:3-4). Não é suficiente o estudo ou a investigação profunda, mas simplesmente a revelação por parte de quem tem autoridade para fazê-la. Analogamente a um filme de fotografia em sua bobina, as únicas pessoas que podem dizer sobre o conteúdo do filme são aquelas que participaram dos cliques da máquina fotográfica ou, então, o laboratório de revelação. No caso dos mistérios da vida, os cliques foram dados por Deus, registrados no filme da Palavra e revelados pelo laboratório, que é a igreja, “coluna e baluarte da verdade” (1 Tm 3:15). Ao laboratório não cabe conjecturar ou realizar “particular interpretação” (2 Pe 1:20), mas, tão somente, expor o que tem recebido, com “espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele [de Deus]” (Ef 1:17). O fato é que o mistério foi “guardado em silêncio desde os tempos eternos, mas agora manifesto, ... dado a conhecer a todas as nações” (Rm 16:25-26), o qual “esteve oculto em Deus, que tudo criou” (Ef 3:9; 1 Co 2:7).

A Palavra de Deus contém o registro de vários mistérios, dos quais citaremos alguns explicitamente declarados como tais e revelados com a vinda de Cristo:
1.     O “mistério do reino de Deus” (Mc 4:11);
2.     O mistério da plenitude dos gentios (Rm 11:25);
3.     O mistério da transformação (1 Co 15:51);
4.     O mistério da vontade de Deus (Ef 1:9);
5.     O grande mistério do casamento (Ef 5:32);
6.     O “mistério do evangelho” (Ef 6:19);
7.     O “mistério de Deus” (Cl 2:2; Ap 10:7);
8.     O “mistério de Cristo” (Ef 3:3-4; Cl 4:3);
9.     O “mistério da iniqüidade” (2 Ts 2:7);
10.   O “mistério da fé” (1 Tm 3:9);
11.   O “mistério da piedade” (1 Tm 3:16);
12.   O “mistério das sete estrelas, e dos sete candeeiros” (Ap 1:20); e
13.   O “mistério da mulher, e da besta” (Ap 17:7).

Por ora, vamos apenas enunciar uma revelação maravilhosa: O mistério do universo é o Pai, o mistério do Pai é o Filho, e o mistério do Filho é a Noiva. Encorajamos a leitura de todos os textos bíblicos citados e ressaltamos que, para compreendermos plenamente tais mistérios, precisamos invocar o nome do Senhor com coração puro, como foi dito por Deus ao profeta: “Invoca-me e te responderei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes” (Jr 33:3)

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